quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Mais uma pra conta do GO fofinho.

Há alguns dias venho sentindo uma leve dor abdominal, acompanhada de enjoos. Terceira crise do tipo num espaço de pouco mais de dois anos.

Da primeira vez, fui a um PA, fiz exames laboratoriais e uma ultrassonografia. Nada nos exames laboratoriais e um linfonodo na ultra.

Levei os exames a meu clínico que solicitou outra ultrassonografia, feita mais de um mês depois, e nada!

Na segunda crise não tomei qualquer providência e, na atual, conversei com outra clínica. Uma clínica dessas que só se encontra nas equipes de saúde da família mesmo. Dificilmente num PA de plano de saúde.

Após longa conversa sobre meus hábitos e histórico clínico, o diagnóstico: aderência.

Ela ocorre comumente após cirurgias abertas e se manifesta anos após a cirurgia.

Bem, me submeti a duas: miomectomia e cesárea.

Quando troquei de GO, no fim da gestação do Miguel, descobri que a miomectomia não precisava ter sido aberta. Alguns médicos optam por ela por ser mais fácil.

Quem foi o médico que a realizou? O mesmo que fez a cesárea agendada da Alice, claro!

Acredito, do fundo do meu coração, que a cesárea não foi indicada erroneamente. Conversei com vários profissionais à época e quando da gravidez do Miguel. Era unânime: miomectomia prévia = cesárea. Ponto final.

Maaaaas... A cesárea, ainda que indicada, não precisava ser agendada, né?

A única voz destoante - a do GO que me acompanhou no fim da gravidez do Miguel - me dizia: entre em trabalho de parto, acompanharemos e veremos. Creio no parto normal, mas, se não der, o bloco é do outro lado do corredor.

O que aconteceu já relatei aqui (e aqui).

Tivesse o primeiro GO tido a mesma postura, ainda que certo da cesárea, de esperar e observar a evolução do trabalho de parto, o mais provável é que Alice também tivesse nascido de parto normal, dada a rapidez com que Miguel nasceu, sem qualquer intercorrência.

Não que o culpe... A responsabilidade é compartilhada, claro! Eu poderia ter sido mais firme em meus propósitos. Agora é leite derramado.

O fato é que tenho uma sequela que possivelmente teria sido evitada já que, no fim das contas, ambas as cirurgias poderiam ter sido evitadas. A miomectomia não teria sido evitada, mas feita por vídeo.

O único tratamento possível, bem como a única confirmação 100% segura da aderência é uma laparoscopia. Ou seja, mais uma cirurgia. Simples, mas outra cirurgia. Caso não faça, a dor pode virar crônica.



A médica sugeriu que converse com meu GO e discuta com ele quando - e se - fazer o procedimento. Disse ainda, que o enjoo ocorre provavelmente porque a aderência deve estar ocorrendo em um órgão do sistema digestivo. Possivelmente o intestino.

Porque cesáreas são tão seguras e simples, né? Porque abrir a barriga alheia torna o trabalho tão mais rápido e fácil, né?

Valeu, GO fofinho! Scored 2.

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